O que é estomatite?
Estomatite é um termo genérico para qualquer inflamação da mucosa bucal. Como sua causa pode ser variada, a manifestação (sinais, sintomas e desenvolvimento) também pode se dar de várias formas.
Tipos de estomatite
São inúmeros os tipos e esses estão relacionados de acordo com o fator que causará a manifestação das lesões.
Estomatite aftosa
Conhecida como afta, essas lesões podem ser únicas ou múltiplas. Seu aparecimento está relacionado a quadros de imunidade baixa, deficiência nutricional, alimentos e alergias.
Estomatite herpética
Denominada também por gengivoestomatite herpética primária. É causada pelo vírus herpes simples (HSV), sendo mais frequente em crianças.
Estomatite viral ou vírica
Correspondem ao tipo causada por vírus, como herpes simples (HSV) ou outros vírus.
Estomatite angular ou Queilite Angular
Esse tipo se caracteriza por lesões no canto da boca (comissura labial).
Estomatite nicotínica
Presente em fumantes, caracterizada por pápulas (lesões um pouco elevadas) no céu da boca.
Estomatite vesicular
Afeta bovinos e suínos, mas que, podem também ser manifestada em humanos. Seus sintomas são parecidos com os da gripe.
Estomatite protética
Pode se desenvolver devido ao uso contínuo de próteses dentárias (dentaduras, por exemplo) ou pela infecção pelo fungo Candida albicans. É identificada pela presença de áreas vermelhas no local onde a prótese fica. Queimação, coceira e gosto desagradável são características.
Estomatite moriforme
É uma lesão de evolução lenta, que apresenta pontos hemorrágicos. Na maioria das vezes é causada por uma doença fúngica chamada Paracoccidioidomicose.
Estomatite ulcerativa
Caracterizada por ulcerações na mucosa bucal, que são capazes de evoluir para quadros de necrose.
Estomatite gangrenosa
Essa doença é uma gangrena infecciosa (morte do tecido) que acomete a mucosa oral e bochecha, comum em crianças desnutridas.
Estomatite em bebês. Saiba o que é e como tratar estomatite em bebês.
Alguns tipos de estomatite são mais comuns em bebês. A gengivoestomatite herpética primária e a infecção pelo Candida albicans (o sapinho) são exemplos. A gengivoestomatite herpética primária é causada pelo primeiro contato com o vírus herpes simples tipo I. A idade mais prevalente é entre um a um ano e meio de idade. A cavidade bucal fica avermelhada e edemaciada, acompanhado por um quadro de febre e mal-estar. Quando vesículas são formadas essas se rompem rapidamente, formando úlceras bastante dolorosas, que regridem dentro de 10 a 14 dias.
A infecção pelo Candida albicans é comum na cavidade bucal de crianças, principalmente no primeiro ano de vida. Quando presente se manifesta através de placas brancas, acompanhada de perda de apetite e irritação.
Estomatite infantil: O que é? Dá para prevenir?
Mesmo que seja frequente a gengivoestomatite herpética primária em bebês, crianças que ainda não tiveram o contato como vírus herpes também são capazes de ter a manifestação dessa doença. Sendo mais rara, essa infecção ainda pode estar associada ao vírus tipo II (herpes genital), relatados principalmente em crianças que sofreram abuso sexual.
Outros tipos de estomatite podem ocorrer, como a estomatite aftosa. A prevenção, principalmente desse tipo, é o cuidado com a saúde geral da criança física e mental, como também por meio de hábitos de alimentação saudáveis.
Estomatite em adulto
Em adultos geralmente estão associadas a doenças fúngicas, imunidade baixa e uso de próteses mal higienizadas e desajustadas, por exemplo. Normalmente, são mais agressivas, quando comparado com o acometimento em crianças.
Estomatite – causas
Algumas causas e fatores estão relacionados com o aparecimento da estomatite. Dentre elas estão: alergias; infecções por vírus, fungos ou bactérias; uso de cigarro; bebidas alcoólicas em excesso; higiene bucal insatisfatória, imunidade baixa; próteses ou aparelhos mal adaptados, tratamentos de quimioterapia e radioterapias, entre outros.
Estomatite – sintomas em crianças
Em crianças pode se manifestar com a presença de agitação, mal-estar, perda de apetite e até mesmo febre.
Estomatite- sintomas em adultos
Os sintomas vão depender do tipo. A estomatite protética geralmente é acompanhada por queimação, coceira e sensibilidade. Em outros tipos ela pode se manifestar com bastante dor, devido à presença de ulcerações.
Diagnóstico de estomatite
O diagnóstico é feito pelo cirurgião-dentista. A observação dos sinais, sintomas e outras queixas do paciente são essenciais para isso. Alguns exames podem ser solicitados também. Esses permitem saber se a infecção está relacionada a um vírus, bactéria ou fungo. Em casos de recidiva das estomatites uma atenção especial é necessária. O encaminhamento para o pediatra ou clínico geral pode ser preciso, principalmente naqueles casos relacionados a questões imunológicas.
Estomatite é contagiosa?
Dependendo do fator causador, a estomatite pode ser contagiosa sim. A inflamação bucal causada por vírus, por exemplo, é contagiosa. Ela é transmitida através da saliva ou contato direto com as lesões. Outros tipos de estomatite, como a aftosa, não são contagiosos. Seu acometimento está relacionado, principalmente com questões do sistema imunológico.
Estomatite tem cura?
Quando o correto diagnóstico é feito, o tratamento adequado é estabelecido e dependo do tipo de estomatite, existe cura sim. Contudo, a estomatite herpética, por exemplo, é possível controlar o aparecimento das lesões, mas uma vez contaminada essa pessoa continuará com o vírus do seu organismo.
Estomatite – tratamento
O tratamento é estabelecido, inicialmente, pelo alívio dos sintomas e desaparecimento das lesões por meio de analgésicos e antiinflamatórios. Contudo, existem estomatites que mesmo sem o emprego de uma terapia medicamentosa as lesões desaparecem com o tempo. Alguns tipos de estomatite necessitam de outros remédios. A manifestação causada por fungo necessita da prescrição de antifúngicos, como a nistatina. Além disso, o emprego de antivirais, como o aciclovir, para a estomatite herpética é feito. E para a estomatite de origem bacteriana, o uso de antibiótico é indicado.
Além dos medicamentos, outras medidas que fazem parte do tratamento devem ser estabelecidas como uma alimentação adequada, hidratação e correta higiene da boca.
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